sinto-me indo, avante
além do que me cerca
destruir estes grilhões
que nasceram fundidos
a minhas pernas
é preciso.
Resistir, com arco
com flecha, com o coração
com canhão
destruir
me encontrar todo dia
afirmar que sou
tudo isso e seu contrário
sou a dialética negativa
a negatividade do saldo
o anti-cristo
o soldado
pronto pra morrer
por nação alguma.
Sou a negação do massacre,
das hierarquias
da poesia oprimida.
Sou o todo e as partes,
somos.
a célula geral
o geral individual
e não deixo jamais
de ser-me.
tanto quanto sou-te
pois cada alma livre
que dança nos abismos
afirma que sou
cada vez mais livre
quanto mais livre
fores vós.
17 dezembro, 2013
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