aprendi a dançar nos livros
não valsa, nem tango
apenas eu e comigo
Hoje trago meus pés leves
para vagar pelos abismos
Pés surdos e apontados além,
aquele que sabe onde ir
que busque rumo na brisa leve
e que leve meu eu adiante
para além do humano
Sou preso aqui e livre pelo que posso ser
apenas sendo aquilo
que de outra forma não se pode
e torno-me sempre o meio
para jamais cessar meu remar
que jamais uma estrela me feriu
e hoje as contemplo
como se o céu não fosse
outra coisa que não
morte.
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