Dizem por aí
para eu não confiar na beleza
pois ela muda
[...]
Como se as pessoas
também não mudassem...
Dizem que eu deveria ser diferente...
se sou o que sou,
é porque só posso ser isso.
Nada mais.
Julgo pela aparência
pois já ouvi mentiras demais.
Besteiras demais.
balelas, sem mais.
As virtudes que queremos exacerbar
são as mesmas que tentamos não demonstrar.
Como hão de me conhecer, senhores?
Como poderão tomar juízo sobre mim?
A aparência não se esconde,
se disfarça.
Mentiras por mentiras,
prefiro ao menos
as que são bonitas.
25 maio, 2012
21 maio, 2012
Ensaio do acostamento (ou de como sou o que odeio)
Fui e voltei
e de ser,
não deixei
chupa essa
Parmênides
[...]
mas não sei
se voltei inteiro
não sei se
voltei o mesmo.
O mesmo?
E o que era
eu
antes de ser
o que sou?
Não sei.
Demasiado de
alguém?
de tudo ou
nada?
Não
encontrei o fim
nem a
estrada,
nem mesmo a
calçada
[...]
Há corpos
que marcham
por nada.
Dogmáticos
em busca
de
liberdade?
BESTEIRA!
Precisam é abandonar suas verdades.
13 maio, 2012
Como deixei de ser
Minha existência
é inútil,
de fato, nem
existo
e digo isso
com convicção
e por mais
que preguiçoso,
seja uma característica
positiva
não posso
nem afirmar
que de fato
a tenho.
Pois, que
acima disso
me pego em
devaneios
exercitando
a preguiça.
E senhores, não
é de fato,
demasiadamente
chato
que a
preguiça em ato
deixa de ser
preguiça?
Sou um não ser,
e foi assim
que deixei
de existir.
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