Me nego a pensar que é por querer
que há pessoas que são feridas
por tantas outras que querem vê-la sofrer.
Buscam seres sem pernas
para dar-lhes muletas
e um guia pelo que lutar.
Será que posso ter um lar
em qualquer que seja o lugar?
Sem ter que temer ou me preocupar
em quem vem à frente, e quem vai passar...
Restou o resto
dentre os restos que restou
a violência se instalou
de todas as armas naturais
é da mente que temo mais
Tem tantas mortes, nos filmes em cartaz
e outras tantas se olhar para trás
quiçá, podemos nos amar
e nas rádios outros refrões irão tocar.
24 março, 2012
21 março, 2012
Ecce homo, ego!
Até sentires
(espero que não o sinta)
não entenderás
É do tipo de coisa
que não há como explicar
Pois nunca, eu hei de entender.
Só sei que é assim
bom ou ruim
não ouso dizer
já o fizeram
Difícil é viver sabendo
que não vais estar lá
sem me acompanhar
e já faz mais de ano
que a vida perdeu metade do sabor
e o mundo...
bem, o mundo continua mundo
pelo o que sei
maldito acaso
ele não sabe o que fez.
E se uma janelinha
um tiquinho que seja
deste mundo é meu
farei saberem
como tornei-me eu.
16 março, 2012
Como diria Gandhi, seja forte
Envenenei o mar
retirei o alicerce do mastro
e o remo,
não sei onde foi parar.
O vento sopra
mas não tenho bússola
não sei se vou de encontro
à penhascos,
à córregos, ou se antes
parto em pedaços.
São só cacos...
Ateie-me fogo
ou jogue-me ao mar
mas não ao relento
aqui não quero estar
não há chance.
Espero perdão,
pense, pense, porque não
É o que de mais valia
tem à mim.
Não beijaria boca
que não tua.
Não tocaria corpo
que não teu.
Errei em palavras
mas de início, e verdadeiramente
são todas tua.
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11 março, 2012
Últimos bytes de memória (brasa nas narinas)
Sabe...
há vozes, não se cale
à mim já não cabe.
Eu tentei, tento
tanto, perdeu-se o encanto.
Não há pássaros
não há canto...
Encontro, encosto
encosta...
... afoguei...
A fogueira queimou
a foto amarelou
nos últimos bytes
livres da minha
mente.
leve-mente.
há vozes, não se cale
à mim já não cabe.
Eu tentei, tento
tanto, perdeu-se o encanto.
Não há pássaros
não há canto...
Encontro, encosto
encosta...
... afoguei...
A fogueira queimou
a foto amarelou
nos últimos bytes
livres da minha
mente.
leve-mente.
03 março, 2012
Reticência
Há pouco espaço para um ego enorme ninguém mais dorme os olhos se fecham para que o dia mude às vezes nem quero que acorde porque não vais? Foge! a vida mudaria a gente mudaria o que quiser você faria eu detesto isso tenha algo a dizer nem que seja: porra! Você comprou leite desnatado! e eu sei que você não percebeu e acho que há outras coisas além de ver se o leite é integral ou se preocupar com vírgulas e agora continuarei meu silêncio [...]
Queda livre
Quando sonho não vou alto demais
não há como vencer, o passado vem logo atrás
É certo? - pergunto
O vazio responde...
Já não sei decifrar essas incertezas
e nesta casa não há lugar para tristezas.
Ela não me obedece.
_Não é aqui o teu lugar, parta-te!
Ela riu de mim outra vez mais
aquele sorriso que eu sempre faço
eu o odeio.
Ofereço-lhe uma cadeira
ela não irá tão cedo
Talvez nunca fora, estava apenas escondida
[...]
não há como vencer, o passado vem logo atrás
É certo? - pergunto
O vazio responde...
Já não sei decifrar essas incertezas
e nesta casa não há lugar para tristezas.
Ela não me obedece.
_Não é aqui o teu lugar, parta-te!
Ela riu de mim outra vez mais
aquele sorriso que eu sempre faço
eu o odeio.
Ofereço-lhe uma cadeira
ela não irá tão cedo
Talvez nunca fora, estava apenas escondida
[...]
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