perdão se um pedaço for
mas o que fica não volta.
vontade sobre vontade
e o acaso deixou de ser fato.
antropofagia rítmica
das rimas estendidas
destruo gota por gota
selvageria entendida.
domino as coisas
que me dominam.
evito o apreço
por não saber o valor.
das cores que toco
só a vida me ensina o verde.
na química me perco de perto
e na filosofia à marretada
construo morada infinita.
império do rei só que sou
degrado tudo que toco
louco,
como o que me resta.
da boca do lixo retiro minhas virtudes
o leão e o covarde.