Eu tinha tanta coisa bonita pra dizer
tantas flores murchas pra regar
e almas pobres para desprezar
Eu escolhi deixar a pedra
no meu sapato
e chutar os corpos
vazios...
Eu escolhi,
mas sujei meus sapatos
e as almas ainda estão
caminhando
sobre os trilhos
e não são atropeladas.
23 janeiro, 2012
13 janeiro, 2012
Há muito deles e pouco de nos
Eu não vi um novo dia
por esquecer de abrir
meus olhos
eu já esqueci de viver
por medo de gritar
vejo gente com medo
de levantar
e muita gente querendo brincar
Gente fingindo de morta
pra morte esquecer de levar
A morte levando gente
que o o mundo esqueceu de se importar.
Não sei direito quem seguraria
minha mão
por teu deus eu dizer não
não me leve a mal
eu sou descrente
mas não esqueço da gente
esse é para você
que não sabe se se esconde
ou como se sente.
por esquecer de abrir
meus olhos
eu já esqueci de viver
por medo de gritar
vejo gente com medo
de levantar
e muita gente querendo brincar
Gente fingindo de morta
pra morte esquecer de levar
A morte levando gente
que o o mundo esqueceu de se importar.
Não sei direito quem seguraria
minha mão
por teu deus eu dizer não
não me leve a mal
eu sou descrente
mas não esqueço da gente
esse é para você
que não sabe se se esconde
ou como se sente.
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esquecimento,
poesia
12 janeiro, 2012
13
Eu poderia morrer este dia
mas sei que nada
vai acontecer.
Não é igual aos filmes
As vezes a ideia
de ser esfaqueado
não parece tão ruim.
Só para sair da rotina
sabe?
Ver pessoas novas
paredes brancas
sirenes
desfibrilador
e acordar
servido de arroz requentado.
Ver pessoas preocupadas
penso que
é a única maneira
de reunir essa gente
Não vi gato algum
e é só outra sexta.
mas sei que nada
vai acontecer.
Não é igual aos filmes
As vezes a ideia
de ser esfaqueado
não parece tão ruim.
Só para sair da rotina
sabe?
Ver pessoas novas
paredes brancas
sirenes
desfibrilador
e acordar
servido de arroz requentado.
Ver pessoas preocupadas
penso que
é a única maneira
de reunir essa gente
Não vi gato algum
e é só outra sexta.
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