Páginas

26 setembro, 2011

Assim falava Zaratustra

"Estou cansado de poetas, dos antigos e dos novos. Para mim todos são superficiais, todos são mares sem profundidade.
Seus pensamentos não atingiram a profundidade. Por isso mesmo seus sentimentos não mergulham fundo."


Friedrich Nietzsche


Cada um cada, cuida da sua e eu da minha

O que pode tu teres
a dizer sobre mim?
Se a ti sou como lenda
não vivemos um dia
e me julgar, tu tentas.
Fazes de mim, imagem
de bocas desbocadas,
se afirma em pilares
das vozes desinformadas.

Eu continuo como sempre
buscando o "entre"
E teu nome eu guardo
na minha lista
sem agrado,
de todos que me odeiam.
E a deixo no armário
onde se escondem os falsos
até que se prove o contrário.

Tu, que acreditas demais
nas palavras em mono.
Apertas minha mão
e me chama de mano.
A ti eu guardo um espaço
no roda pé de minha vida
para que eu nunca esqueça,
que você, nada valia.


19 setembro, 2011

Das estrelas a decadência

Não há felicidade para quem a busca.
Se não olhas ao redor
verás abismos no horizonte.
Estes que te dão vertigem
e renega-te a andar
junto aos exilados.

Mas em tua mente obtusa,
não percebes que o abismo
tem dois lados de cume.
E aquele que mais alto sobe
toca as estrelas,
mas as toca sozinho.

A vitória é uma conquista,
uma conquista egoísta.
E aquele que ama
nunca pensa em vencer.

Os ignorantes vencem,
os tolos perdem,
os virtuosos competem.

Quem sobe até as estrelas
vê a putrefação dos corpos,
a decadência das almas,
a escassez do amor.
E percebe que é
pior que isso.
Retorna ao abismo dos exilados.

Assim o cume está sempre vago
... esperando o tolo.


Distração gratuita

Não enalteço a obrigação de viver
nem a vontade de morrer.
Estarei de todos os lados,
o que seja melhor para ambos.

O que seja abstrato,
de preferência.
Pois te apegastes tanto
ao que nada lhe trás.
E não tragas nada de bem
ao meu encontro.
Eu quero, corpos limpos
e almas tranquilas.

E tu aqui estás,
não por vontade.
E nem ler-me queres.
Mas nada há a fazer.
Não há o que querer

O teu clic não custou-lhe
nada material.
Esta leitura, é de graça.
Por isso aqui estás.

E seu tempo se foi...
te deixou pra trás
enquanto não perdias dinheiro
perdias teu tempo.
E teus amores,
tuas dores,
teus temores.
Perdesses porque aqui estás
porque não soubesses aproveitar.
E tu,
atrás do tempo que passou.


16 setembro, 2011

Lembranças, sirva-se

Vejo o cálice meio cheio
e o pensamento totalmente vazio.
De peito fechado e punhos cerrados,
corações separados por rio.

Quem viu?
Ninguém riu.
Ninguém nunca me ouviu...
Não é a questão,
ser a verdade
mas te digo que burrice
é não dar valor a amizade.

Se hoje há almas
que suportem corações,
quem deixaria de lado conforto
para escutar essas canções?

Dos dias passados, existem os vividos.
Não há como apagar os sofridos.
Mas se há tempo de mudar
Por favor, me deem ouvidos!

Pois ainda choro mil lágrimas,
que não cessarão jamais.
E se a vida quis assim
é porque já sofremos demais.



19/06/2011

12 setembro, 2011

Laços


As pessoas vem e vão
e é tão confuso
sobre quem fica ou não,
de guardar estes no coração.

Você sabe,
oração eu não faço
nem por isso vou deixar
de te acompanhar os passos.

É muito além de crer
e o caminho é teu
mas saibas, quando voltar
lá estarei, eu.
E tudo o que passamos,
eu guardo em mim
eterno nas memórias
que nunca terão fim.

Vai-te, encontra-te
e verás que dois anos
nada são, perto da
amizade de nossos irmãos.

Ronan Ferreira, dois anos de saudade.


08 setembro, 2011

Entre a bondade e a fera, há um ser

A bondade está na mão que te ergues
mas não te deixes levar
pois a fera, à olhos não verás.

Acredite na bondade
mas não acredite na verdade,
esta que demasiadamente mente
para suprir uma necessidade.

Quem dera eu tivesse
o escudo que a protegia,
não da verdade
porém sim da vaidade.

Não que esta seja ruim
mas os caprichos exessivos
tiram toda a beleza.
Pois há que já tenha nascido com esta.

Eu queria poder ensinar-lhes,
mas o que poderia eu ensinar?
Se a dias vivi para o oposto,
crendo em maldade.

Quem dera eu tivesse
o poder de tranformar.
Coração congelado em
um brilho no olhar.

Seria saudade então?

Se amar é mar, quem não sabe nadar?
Sem remos, sem velas, enfim, naufragar...

A correnteza que te leva às praias
Pernas que não conseguem andar
E atravessar essa areia sem sal
Nesta noite que não lhe deixa olhar
Através da fumaça que formou-se com
Escombros das tempestades, então...

Nas estrelas que não ferem mais
Com cicatrizes que nunca irão curar.
Eu espero que estejas lá
De braços abertos a me abraçar
Onde os gigantes não podem alcançar
E as flechas jamais tomarão
O caminho de nossa canção
Enquanto estas bocas disserem
O que queremos ouvir
Para continuar a sonhar...



04/08/2011

02 setembro, 2011

Tem um lugar em ti que é só meu

Sentirás,
o que não mais sentirás
o mesmo amor, enfim.
Teus braços tentarão encontrar,
apenas o vazio vai te abraçar.
Assim sendo, irás chorar
e recordar que tentei voltar.

Flores, perfumes, até mesmo o ar,
nada terá o mesmo aroma.
Palavras, olhares ou cartas,
jamais terá tamanho sentimento,
vindo então, de outrem.
Quando a noite vier,
virá a tristeza demasiada,
e nada consolará enquanto
apenas lembra sentada nas escadas.
Tentarás em vão,
então, procurar outros caminhos
não haverá ruas, outras,
que mudem suas memórias,
nada vai apagar nossa história.
Não há culpa que supere.
Mas enfim, até o fim...
Estarei aqui -disse -, como sempre
nos dias que tivesses em mim.
Estarei em ti, bem como não queiras,
inefável, tornar-me-ei a ti.
Então vivendo, irás sentir,
a ausência minha em teu olhar,
e recordar, tentei voltar...



18/05/2011
 
 
Copyright © Navios Naufragados
Blogger Theme by BloggerThemes Design by Diovo.com