Páginas

06 dezembro, 2015

Antítese sintética

toda mira uma presa solta.
perdão se um pedaço for
mas o que fica não volta.
vontade sobre vontade
e o acaso deixou de ser fato.

antropofagia rítmica 
das rimas estendidas
destruo gota por gota
selvageria entendida.

domino as coisas
que me dominam.
evito o apreço
por não saber o valor.

das cores que toco
só a vida me ensina o verde.
na química me perco de perto
e na filosofia à marretada
construo morada infinita.

império do rei só que sou
degrado tudo que toco
louco, 
como o que me resta.
da boca do lixo retiro minhas virtudes
o leão e o covarde.

0 comentários:

Postar um comentário

 
 
Copyright © Navios Naufragados
Blogger Theme by BloggerThemes Design by Diovo.com