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08 janeiro, 2013

Não sou de lugar algum

Não sei de onde
sou.
Não sei pra onde
vou.
Você veio e me
levou.
como criança
com quem tem
esperança.
De um amor tranquilo
entre tantos outros
vacilos.
outros tantos caminhos
tantos carinhos.
Você me pegou
pela mão, me levou
e virou
se despediu
dizendo que era
pouco de mais,
louca de mais.
Para tentar
uma vez mais.
Há meses me esqueci
como era bom
não ser assim.
Como era bom
não ser criança,
era bom não
ter lembrança
de lugares vazios
de arco-íris
e dos rios.
É tudo vaidade
pra não ter que
amar outra vez.
Morrer outra vez.
E quanto mais
teremos que viver
para aprender que
seguiremos sempre
nesse impasse.
E se encontrar alguém,
não deixa que passe.
como você passou,
não parou, não ficou.
Sou criança
de novo.
Sou todo tolo,
bobo e infantil.
e choro sempre
pela mesma coisa
que me matou
todas as vezes
em que morri.
Em outros braços
que, hoje são seus.
E sinto até
nostalgia.
de sofrer agora
e parecer outros dias.
Só não entendo
porque nunca aprendo.
Se o amor
é pior que o azar.
São dados viciados,
cartas marcadas.
E ingênuo que sou
sempre caio outra vez.
Apenas para não esquecer
o que é sofrer.
E pode parecer pouco,
mesquinharia, drama.
Mas é assim que sou,
ansioso pelo dia
em que serei outra
pessoa.
Não o outro,
como de costume.
Tenho minhas impressões,
me desculpe.
Não é que eu não
acredite em tuas palavras.
É que acredito demais
nas tuas ações;
e quais são as opções
para se escolher
quando não se é
a escolha que gostaria
de ser. Não sei!
Talvez, seja eu
ingênuo
de mais, nesses
dois anos a menos.

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