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03 novembro, 2013

Sou-me e me vendo a quem quiser

Eu fiz um pacto, ou quase. Lúcifer queria dinheiro, e eu, só tenho a mim. Ele pestanejou a oferta, claro. Disse-me que de nada valho - Foi então que sem rumo resolvi fazer arte. Não arte mesquinha, arte pros olhos, pros ouvidos. Mas arte grosseira, arte que tem medo de si mesma, medo de ser arte. Cada um se prostitui como pode, e aquele que não se vendeu à arte que se abrace à lúcifer. Já que só a mim tenho, sou-me tudo de que preciso, ou quase.

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