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31 outubro, 2013

Amor y liberdad

Amei-a, como se nunca a tivesse conhecido. De fato é isto. Do já sabido só me inspira o tédio. Amei-a, por ser momento, ser breve. Não deve-se saber apenas chegar, mas também a partir. E amo quem parte na hora certa. Amo quem percebe que já não amo, mas então continuo a amar-lhe ainda mais por isso. E como tal amor, não pode ser outra coisa se não livre, não há contradição no que digo. Te amo, e vá-te logo. Tenho ainda tantas coisas para amar, como um colecionador de momentos, pois quando isso eu não mais puder, tornar-me-ei arqueólogo da memória, de meus vividos. Quando não mais puder amar pessoas, enamorarei cada instante, cada falta e cada solidão. No sótão de meu eu, pertenço-me mais que tudo, e apenas de mim serei escravo. Pois amo, e sou livre, acima de tudo, livre para amar todos.

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