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28 julho, 2012

Carmen Sandiego

Outro conglomerado de átomos
apresenta-se à minha existência.
Diz em palavras doces o que desejo ouvir
mas ambos sabemos que é decadência.

Se amor eu sinto, não sei
mas meu coração 
deleita-se
e palpita como se fosse novidade
a paixão.

Sou tão criança quanto
quem come trakinas na hora do recreio.
E nesses jogos de azar aposto as fichas
e dificilmente me ponho freio.

Se imaginas o que já vi
através do que escrevi.
Perceberás que eu nunca aprendi.

E hoje não é nem preciso fingir
que vermelho é minha cor favorita.
Então deixemos de fazer cena
e charmes livrescos.

E se ainda for cedo?
Sempre é, e se não for
já é tarde.




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