Já poderia eu,
mais que nunca falar de outrem
que igual a mim
é isso que me convém.
Sem ceifa
e sem serifa.
Já sem campo
esta é minha escrita.
Atores, e suas dores
já não me iludem essas flores.
Dos sentimentos guardados
de quando posto a prova, transbordados.
Holden, restou no mundo
um demasiado de hipocrisia.
Hoje em dia, palavras de conforto
quem diria?
Sociável, quem seria?
Amigável, sem ironia.
Eu digo que sou assim,
faço o que nunca pensou.
Assim sou por completo,
nem lembro mais quem sou.
É o que diriam meia humanidade
se ainda digo em boa vontade
já não sobrou bondade,
essa é a verdade.
E se acima de tudo, eu pudesse
a você eu ligaria.
Salinger, diga-me agora
onde você estaria.
29 julho, 2012
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