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17 agosto, 2011

Sol sobre as flores de plásticos

As nuvens ainda percorrem este céu,
enquanto eu tento encontrar o culpado.
De quem roubara teu sorriso,
e deixara-me no mundo com este fardo.

Não importa quantos dias passem,
e nem importa também se parassem.
O que eu realmente queria é que voltassem.

Enquanto a maldade multiplica-se na terra
é você que não está mais nela.
Tu és quem não muda de endereço,
e escrever isto pra ti, não tem preço.

Creio que agora não há mais tormento,
estás longe para sentir meu sofrimento.
Eu grito com a boca fechada,
mas minha voz nunca é calada.

E se eu soubesses onde moras,
teu corpo lá está,
mas para aonde levaram-te tuas botas?

E esta é minha dor do mundo,
no grito mais alto que de mim sai
e o tempo não irá apagar
o amor que tenho por ti, pai.



26/07/2011

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