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28 outubro, 2014

Suor

teu suor, marinheiro
quem é que lucra?
quem é que paga?
A tempestade forte
e o teu sangue, marinheiro
quem se importa?
quem é que exporta?
a comida que te falta,
pobre marinheiro.

Quem te nega
a morada, o teto
a água encanada?
quem é que diz
'teu trabalho não vale nada'?

o fruto das árvores
a água dos lagos,
porque se paga?

Ó marinheiro, rema...
e onda acaba?

O horizonte é sempre o mesmo
passageiro da onda que passa...

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