e apago, por apego a mim mesmo,
desenho contínuos traços negros
nas almas de meu cinza eu.
sou chuva chovida sem vida
amargura saudosa dos tempos d'outrora
há em mim um descaso, um desato
pulsa o sangue que não acalenta
passo a passo sigo a morte lenta
não se vê dia que se erga
vontade minha companhia alheia
às vezes já não sei mais se quero
ter a ausência preenchida, ou
ser preenchido de ausências.
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