e é fato que sou tua presa
sem pressa, nem fujo
não finjo, fico, à espéra
nos fios e desvios
das noites e promessas
raposa soturna, tortura
teus olhos trazem a floresta
a ilusão, e umas tantas palavras
que com amor tornaram-se isso...
uma parte de mim que no fim
não encontrou sossego no mar
das incertezas das pessoas-besta
sendo-te, sem ser-te
sou eu, aqui hoje e ontem
te escuto de todos os ventos
e sinto em todos os tempos.
2 comentários:
O silêncio esconde
Derivo em delírios
da sua poesia subjetiva, subversiva
Busco-o no sentido das ondas incertas
Para onde elas me levam...
se nem ao menos um navio tenho para me guiar
Permaneço no naufrágio
e me afogo com as ondas que vens ocultar
Podres ventanias que enxaguam meu imaginário
Eu estava a flutuar
e por que insisto em me calar
(in)certo!
Que o silêncio e as ventanias
façam-me esbarrar no desterrado calado
Para que me faças em desafogos
emergir em artifícios de amor livre
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