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19 abril, 2014

Catapora do calango

dos poetas exige-se
o bem dizer, as frases belas
espera-se a língua afiada igual navalha
o afago do tormento no tempo certo
a avidez pela nudez desnuda
a marginalidade esclarecida
como luz que ilumina as trevas...

sejamos nus
de peito aberto, e bucetas peludas
desagrado grato em noite só
em rimas baixas e versos podres
caguemos nossas injúrias
sobre aqueles que nos injuriam.
vomitemos o produto final
de sua busca por perfeição.
estuprar a moral e toda
instituição, que por sede
erguem-se estátuas e glorificam
o amor maldito nascido
nos ralos entupidos pelo lixo.


cansado de santos viciados
cuspo de língua em língua
o veneno da margem morta.



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