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05 março, 2014

Do tempo em que fui o vencedor mais derrotado

quantas vezes já fiz poesia sem escrever, pendendo letra por letra a cada passo que passou. E assim como as nuvens eu passei; passei pela rosa morta caída ao chão, passei pelos ponteiros que contavam o tempo que nunca finda. Passei pelos troféus que enterrei ao longo destes passos...

E carregado chovo; como choro de quem sente, como pigarro de quem mente, soluço de quem se engasga na tempestade. Fiz-me água e escorro enquanto morro. Transbordo pelos mares, açudes, rios e mangues. Trago em mim o gosto da vida morta, o desprezo pela carne que sangra enquanto goza. E ainda em minha saliva se pode sentir o amargo da derrota.

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