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03 julho, 2013

Nihil novi

o mundo, o eterno e a verdade
becos sem saída, a vaidade
tudo isso não é nem metade
e provavelmente, nada são

e provavelmente, eu estou errado
porque também de que me vale
a verdade
apenas aceito que assim seja
sem complexos ideais
de mundos possíveis 
e vidas transcendentais
e quem sabe, até seja eu, livre
por estar perdido nesta corda
estendida no abismo
de minha própria existência.

e quem sou diante desses
que tanto querem, sou alguém
que quer também, e o que quero?
se qualquer vento me move
talvez eu, mesmo assim
sou um negador da vida,
talvez eu,
não seja mais do que isso
o que sou, e nada posso
ser além, além-do-homem?
no fim, aceito isso.

os outros é que não aceitam
e buscam qualquer tipo vulgar
de felicidade apolínea;
eu não...
Eu não, meus caros.
Acho que me encontrei
dentro dessas mágoas.

1 comentários:

Guiomar Baccin disse...

Muito bom!

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