Eu não sou daqui também, marinheiro
mas eu gostaria de te levar de onde eu venho
onde águas que passaram não nos tocam os pés
e lembranças sofridas já deixaram a memória.
Ilhas de distância, e uma outra estória.
e estes remos que carrego
que não te levam ao céu, mas te levam em frente.
á frente de toda essa escória
que insistimos em ter o dever de carregar
como uma herança falida de um pirata naufragado.
Não vejo o tesouro de coisa alguma
nem o brilho do ouro sob a escuma.
não vejo olhos, braços
abraços e afagos.
pois estou na superfície, e é lá
que não quero estar,
por favor, me deixe afundar...
...afundar...
28 fevereiro, 2013
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