Se estar é minha condição inseparável
não quero que seja sem tua presença
esteja por mim,
onde estiver
esteja aqui.
Seja o ser que é
que é para mim
nada além, sem transcendentes.
nem passado recente
ou cartas sem remetentes.
Seja enquanto for
e assim que não mais
não gaste esforços em despedida
vivemos todos esperando
nossa própria partida
[...]
devemos aprender a morrer só
e a viver também.
queremos voltar no tempo
mas sem olhos
não se vê passado
nem futuro...
nem o furo
no canto da parede amarela da cozinha
onde pássaros voam sem vento.
e essa caneca também amarela
com suco velho que deixa a vida
amarga.
e me perguntam se sou feliz.
me perguntam o que foi que fiz
da vida que passou
e quem se importou um dia com a resposta
saiu pela porta da adega
maldita lebre que nem me contou,
sou quem esfaqueara teus olhos.
maldito eu sou.
10 setembro, 2012
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