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08 julho, 2012

Outro, de novo

As cicatrizes ficarão
não importa se tenho outro lar
se tenho outro corpo para abraçar.

Não é escolha minha
ter as memórias que tenho.
Se possível...
peço que não pisoteie
o que sobrou do que construímos.

Voamos rápido demais
sem saber o que havia por trás
das nuvens,
do vento,
do céu,
no relento.

Fazemos caretas para fingir
botamos sapatos para fugir.
Atingimos um ao outro
porque queremos
um ao outro.
Vivo ou morto.

Na estante de troféu,
botamos os corações que partimos.
"Não volte mais" - disse ela.
Nos olhos pode-se ver que desistimos.

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