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17 julho, 2012

Há sempre um corpo meio cheio, num quarto meio vazio

Sigo beirando
o que tempos de outrora
desprezei como ato.
Repudiei feito rato.

Em busca de queijo podre
ascendendo sobre prazeres
mesquinharias...
ninharias...
misérias dos que rastejam.

Enchendo corpos vazios,
de vida predestinadas a perecer.
Sou sujo, imundo.
e não mudo.

O que há de digno neste mundo?

Me vejo sem escudo
e sinto minha alma
ser a enfermidade,
a consciência, o câncer.
Pois nem temo mais, morrer.
Quão confortante seria.

E sei que os senhores hão de concordar!

Aguentamos as mazelas
de um coração pulsando,
pois sabemos que a morte
é a recompensa dos oprimidos.


1 comentários:

Rafael Koehler disse...

Legal cara!!! Aparece lá no meu tb
filosofinha.blogspot.com

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