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26 outubro, 2011

Remar, re-amar

Longe demais
pra entender,
Estamos longe demais
pra saber
o que é viver.
Então eu me sinto
tão ancorado aqui,
esperando o trem chegar
para poder partir.

Pra onde eu não sei,
pois já estou perdido,
despido,
esquecido,
e não posso acordar.
Se eu quiser gritar,
quem irá me escutar?
Naufragamos sem remos
e sem boias em alto mar.

- Outro dia será diferente -
penso isso,
e não estou contente.
Me perdi tanto dos dias,
e me vejo em outro continente.

não quero acordar...
não, eu não quero voltar a sofrer
- Eu te amo - e perdemos a direção.
Cavamos túmulos sem pá,
e cobrimos velhas lembranças sem caixão.
Vamos ficar por aqui
onde posso respirar,
e não solte minha mão.


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